Apesar de terem aspectos parecidos e confundirem muitas pessoas, a bronquite e a asma não são iguais. Ambas são condições inflamatórias das vias respiratórias e ainda possuem sintomas semelhantes, como a dificuldade de respirar, tosse, sensação de aperto no peito e cansaço.
Mas a maior diferença entre elas é a causa: a bronquite é uma inflamação dos brônquios causada por um vírus ou uma bactéria, já a asma ainda não tem uma causa específica, bem como não tem cura. Ela é uma doença alérgica e que pode ser desencadeada por uma susceptibilidade genética, por exemplo.
Por isso, é importante consultar um pneumologista assim que suspeitar de um problema respiratório, principalmente quando ele persistir por algum tempo. Desta forma, com um diagnóstico correto, é possível também ter um tratamento adequado e melhorar a condição.
Conheça alguns dos sintomas da bronquite x asma
Vamos falar separadamente sobre cada uma das doenças. Os sintomas da asma (que costuma ser crônica) incluem tosse seca constante, respiração rápida e chiado, entre outros. Eles podem ser desencadeados por situações como esforço físico, ambientes sujos (com ácaros, mofo, poeira) ou mudanças de temperatura.
Algumas vezes, inclusive, as pessoas se referem ao quadro como bronquite asmática, o que contribui para a confusão entre os termos.
Em relação à duração dos sintomas, há outra diferença entre as duas doenças. No caso da asma é muito comum que a crise dure alguns minutos ou até horas, mas com o uso da bombinha, ela pode passar. Isso porque há uma contração na musculatura brônquica, o que dificulta a passagem do ar e da tosse, mas quando o quadro é revertido, o paciente costuma ficar bem.
Já os sintomas da bronquite são: sensação geral de mal-estar, dor de cabeça, tosse (que pode ser acompanhada de catarro), aperto no peito etc. Nesse caso, é comum que a pessoa passe pelo quadro por vários dias e até mesmo meses. Ou seja, há um período de tratamento mais intenso e delicado.
Entre os fatores de risco, podemos incluir as pessoas fumantes, ambientes poluídos ou locais fechados que favorecem a contaminação por micróbios, uso frequente do ar-condicionado, que resseca as vias aéreas, refluxo gastroesofágico, contato com pessoas gripadas ou resfriadas, além do contato com substâncias que despertam reações alérgicas.
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Prevenção da bronquite e da asma
No caso do tabagismo, que é um dos principais responsáveis pela bronquite aguda ou crônica, tentar largar o cigarro de vez é condição indispensável para diminuir as chances de ter a doença.
Lavar as mãos com frequência também diminui o risco de levar vírus e bactérias para as vias respiratórias.
Para quem é alérgico, manter distância de substâncias que servem de gatilho às complicações respiratórias é outro ponto de atenção. Uma sugestão é usar soro fisiológico para limpar as vias aéreas em tempos mais secos, por exemplo.
Mas o principal é consultar um profissional especializado para realizar todos os exames adequados e definir o melhor tratamento para cada caso.