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Em tempos secos a sinusite pode aparecer até três vezes mais do que em momentos mais úmidos. Por isso, nessa época, é muito importante se atentar ao tratamento para sinusite e cuidar da saúde, se lembrando da hidratação constante do seu corpo.

Os sintomas mais comuns são a tosse frequente, nariz seco, espirros e dores na face. O que muitas pessoas podem confundir com uma gripe ou resfriado, mas, na verdade, pode ser uma rinossinusite, por isso, é importante se consultar com um especialista.

Então trouxemos algumas respostas da nossa médica, a Dra. Alice Hoerbe (CRM 42396), para responder dúvidas frequentes em relação ao tratamento para sinusite e como identificá-la.

 

Como detectar a sinusite? Quais são os sinais que é possível notar e são um alerta para que a pessoa busque um especialista?

A rinossinusite é um processo inflamatório da mucosa de revestimento da cavidade nasal e dos seios paranasais, sendo diagnosticada através do quadro clínico do paciente (através de uma anamnese e exame físico otorrinolaringológico completo), não sendo necessário exame de imagem para o diagnóstico, na grande maioria dos casos.

Os sintomas geralmente iniciam após um resfriado de quadro clínico arrastado, que evolui para obstrução nasal com rinorreia (secreção nasal), associado ou não a dor/pressão na face e redução/perda do olfato, ou quando existe início súbito destes sintomas.

Através do exame de endoscopia nasal realizado no consultório, conseguimos avaliar a presença ou não de secreção mucopurulenta, os pólipos nasais, edemas e obstruções que podem ajudar no diagnóstico.

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Qual a diferença entre sinusite crônica e aguda? Quais são as suas causas e fatores de risco?

 

A diferença entre a rinossinusite crônica e a aguda é o tempo de evolução dos sintomas. A aguda dura até 12 semanas, podendo ser viral (na maioria das vezes) ou bacteriana, geralmente é a evolução de um resfriado, com remissão completa dos sintomas.

Já a rinossinusite crônica, acomete pacientes por mais de 12 semanas e está relacionada a fatores predisponentes como tabagismo, fatores ambientais que geram inflamação crônica (exposição a inalantes tóxicos, poluição ambiental, uso de cocaína, entre outros).

E alterações anatômicas nasais que possam favorecer a doença (desvio de septo, hipertrofia de cornetos nasais, pólipos etc.).

Quais são os diferentes tipos de tratamento para sinusite?

O tratamento para sinusite depende do tipo de rinossinusite diagnosticada. O antibiótico somente deve ser usado se existem indícios que é bacteriana ou em casos específicos de agudização (piora dos sintomas) em pacientes com a crônica.

A abordagem deve envolver o controle da doença de base, da inflamação nasal e dos fatores ambientais.

Alguns pacientes são candidatos a cirurgia, principalmente, quando existem alterações anatômicas que favorecem a recorrência dos sintomas (desvio septal, aumento dos cornetos inferiores e médios, pólipos nasais, dentre outros), ou quando não respondem ao tratamento medicamentoso e ainda se estiver associada a alguma complicação.

Quando uma determinada linha de tratamento (com analgésico ou antibiótico, por exemplo) é indicado?

O tratamento para sinusite baseia-se no tipo de rinossinusite e os sintomas apresentados pelo paciente. O que é uniformidade para tratamento e melhora sintomática é a lavagem nasal com soro fisiológico.

Os analgésicos são importantes para o controle da dor em pacientes que possuem queixas como dor de cabeça, por exemplo. Nas rinossinusites virais, que é a maioria, não é necessário uso de antibiótico.

 

Se não for tratada corretamente, a sinusite pode evoluir para um quadro mais sério?

Sim, complicações relacionadas à rinossinusite aguda são pouco comuns, mas podem ser do tipo orbitárias, intracranianas e ósseas, em alguns casos necessitando de abordagem cirúrgica e uso de antibioticoterapia endovenosa.

Sinais e sintomas de alerta durante um caso de rinossinusite aguda envolvem edema/vermelhidão periorbital, diplopia (visão dupla), redução da acuidade visual, proptose (protrusão do globo ocular), cefaleia intensa, sintomas neurológicos, entre outros.

 

Como é feito o acompanhamento da sinusite?

O acompanhamento é clínico, com anamnese e exame físico do paciente no consultório. Exames complementares são solicitados apenas quando suspeita de complicação ou suspeita de alterações anatômicas (não visualizada no exame físico) que podem mudar o curso da doença se forem corrigidas.

O tratamento para sinusite correto melhora a qualidade de vida do paciente, visto que pode melhorar o sono, o desempenho no dia-a-dia, no trabalho e na convivência com outras pessoas.